terça-feira, 21 de agosto de 2018

Onde


O silêncio abundante na total escuridão, 
No quarto vazio, no corpo doído,
também no coração.
a madrugada fria, perdida.
Assim era a tarde que me acontecia
Eu esperava por ti
Tu não vinhas, 
Tardavas
E eu entardecia
Como o virar da ampulheta
Contando o grão de areia
Presa no tempo, no espaço fechado
De um coração ferido
Talvez ilhado.
Procurei-te por todos os lados
Nos bosques, na bruma dos lagos
Teus olhos sem vida, sem culpa,
embaçados. 
Sorriso fosco, sem brilho
Sem hálito
Tuas mãos frias evitando tocar-me


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